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| Uso de medicamentos em crianças deve ser feito com cautela. (Foto: Thinkstock) |
O uso de medicamentos em crianças deve seguir critérios e condutas racionais que orientem a prescrição.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 2010 o Primeiro Formulário Modelo para orientar o uso de medicamentos em crianças, contendo informações sobre mais de 240 medicamentos essenciais para tratar doenças e enfermidades em crianças de 0 a 12 anos de idade.
Até então, cada país e/ou cada instituição elaborava seu próprio formulário terapêutico para prescrições de medicamentos em crianças. A partir de agora, a OMS normatizou as condutas respaldadas nas melhores evidências científicas.
De acordo com a OMS, no ano de 2008, aproximadamente 8,8 milhões de crianças menores de cinco anos morreram por causa de doenças que poderiam ser evitadas com o uso de medicamentos essenciais seguros formulados adequadamente para as crianças. Estas incluem diarreia e pneumonia, além de infecções bacterianas graves em recém-nascidos.
Atualmente, é comum a prática da prescrição de medicamentos em crianças baseada em evidências muito limitadas, devido às próprias restrições no desenvolvimento da pesquisa clínica para pacientes pediátricos.
A maioria dos medicamentos comercializados em todo mundo, incluindo aqueles comumente usados, ou que poderiam potencialmente ser prescritos para crianças, ainda não foram estudados na população pediátrica.
Além disso, também observa-se o uso de medicamentos off label na pediatria, ou seja, medicamentos que foram autorizados por um órgão regulador, para uso em determinados grupos etários e patologias, mas que é prescrito de forma diferente do que preconiza a bula e diretrizes clínicas em relação à dose, faixa etária, frequência, apresentação e via de administração.
Resumindo, muitos medicamentos usados em crianças são prescritos sem o conhecimento completo sobre dosagem ideal e potencial de reações adversas a medicamentos, fato que pode expor as crianças a riscos desnecessários, muitas vezes.
As crianças possuem diferenças fisiológicas em relação aos adultos que devem ser consideradas, como por exemplo, diferenças no perfil de absorção, distribuição, biotranformação e excreção dos medicamentos. Até mesmo dentro da faixa etária pediátrica, há diferenças entre as idades. Por exemplos, bebês prematuros e neonatos possuem perfil farmacocinético diferente de bebês de mais idade.
Outra prática que pode ser perigosa em crianças é a automedicação. A maioria dos pais que fazem uso da automedicação para seus filhos, mesmo sem intenção, podem mascarar doenças graves, desenvolver resistência bacteriana, ou até mesmo gerar quadros graves de reações adversas, intoxicações, entre outras complicações.
Outro problema comum em crianças são as intoxicações por medicamentos. Os dados do SINITOX revelam que 27% do total dos casos registrados de intoxicações por medicamentos ocorreram na faixa etária entre 1 a 4 anos, em 2009. Isto pressupõe que as crianças sofrem intoxicação acidental, muito provavelmente pela facilidade de acesso aos medicamentos em casa. Muitos medicamentos possuem embalagens atrativas, com sabor e cores que chamam atenção das crianças.
Por isso, é sempre importante evitar a automedicação e procurar acompanhamento médico especializado quando o assunto é o uso de medicamentos em crianças.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 2010 o Primeiro Formulário Modelo para orientar o uso de medicamentos em crianças, contendo informações sobre mais de 240 medicamentos essenciais para tratar doenças e enfermidades em crianças de 0 a 12 anos de idade.
Até então, cada país e/ou cada instituição elaborava seu próprio formulário terapêutico para prescrições de medicamentos em crianças. A partir de agora, a OMS normatizou as condutas respaldadas nas melhores evidências científicas.
De acordo com a OMS, no ano de 2008, aproximadamente 8,8 milhões de crianças menores de cinco anos morreram por causa de doenças que poderiam ser evitadas com o uso de medicamentos essenciais seguros formulados adequadamente para as crianças. Estas incluem diarreia e pneumonia, além de infecções bacterianas graves em recém-nascidos.
Atualmente, é comum a prática da prescrição de medicamentos em crianças baseada em evidências muito limitadas, devido às próprias restrições no desenvolvimento da pesquisa clínica para pacientes pediátricos.
A maioria dos medicamentos comercializados em todo mundo, incluindo aqueles comumente usados, ou que poderiam potencialmente ser prescritos para crianças, ainda não foram estudados na população pediátrica.
Além disso, também observa-se o uso de medicamentos off label na pediatria, ou seja, medicamentos que foram autorizados por um órgão regulador, para uso em determinados grupos etários e patologias, mas que é prescrito de forma diferente do que preconiza a bula e diretrizes clínicas em relação à dose, faixa etária, frequência, apresentação e via de administração.
Resumindo, muitos medicamentos usados em crianças são prescritos sem o conhecimento completo sobre dosagem ideal e potencial de reações adversas a medicamentos, fato que pode expor as crianças a riscos desnecessários, muitas vezes.
As crianças possuem diferenças fisiológicas em relação aos adultos que devem ser consideradas, como por exemplo, diferenças no perfil de absorção, distribuição, biotranformação e excreção dos medicamentos. Até mesmo dentro da faixa etária pediátrica, há diferenças entre as idades. Por exemplos, bebês prematuros e neonatos possuem perfil farmacocinético diferente de bebês de mais idade.
Outra prática que pode ser perigosa em crianças é a automedicação. A maioria dos pais que fazem uso da automedicação para seus filhos, mesmo sem intenção, podem mascarar doenças graves, desenvolver resistência bacteriana, ou até mesmo gerar quadros graves de reações adversas, intoxicações, entre outras complicações.
Outro problema comum em crianças são as intoxicações por medicamentos. Os dados do SINITOX revelam que 27% do total dos casos registrados de intoxicações por medicamentos ocorreram na faixa etária entre 1 a 4 anos, em 2009. Isto pressupõe que as crianças sofrem intoxicação acidental, muito provavelmente pela facilidade de acesso aos medicamentos em casa. Muitos medicamentos possuem embalagens atrativas, com sabor e cores que chamam atenção das crianças.
Por isso, é sempre importante evitar a automedicação e procurar acompanhamento médico especializado quando o assunto é o uso de medicamentos em crianças.
Fonte: Instituto Salus - disponível em: http://www.institutosalus.com/noticias/uso-racional-de-medicamentos/uso-de-medicamentos-em-criancas-criterios-que-orientam-a-prescricao ; acessado em 03 de Janeiro de 2014 - às 10h52min.







O DURG
corresponde a uma rede de pessoas e grupos que trabalham na área da
farmacoepidemiologia na América Latina. Na ocasião, a pesquisadora
compartilhou sua grande preocupação com essa área da terapêutica,
destacando que a preocupação não se limita apenas ao Brasil. “Não há
justificativa alguma para a carência de medicamentos voltados para
crianças no Brasil. Até o momento quase nada foi feito e corremos o
risco de pagar um preço muito alto por inovações terapêuticas que temos
plena capacidade de desenvolver”, apontou a professora.
Em
seguida, o pesquisador do Karolinska Institutet (KI) e gestor do
Stockholm County Council (SLL), Björn Wettermark, deu início à sua fala
apresentando um pouco dos sistemas de saúde da Suécia e suas
particularidades. Na região, o sistema de saúde é totalmente financiado
por impostos, as responsabilidades com a saúde são divididas na esfera
regional, local e nacional. E, ainda, o sistema é organizado de forma
independente de garantias, além de possuir historicamente uma forte
investigação clínica e ter passado por muitas e recentes reformas
farmacêuticas.
Finalizando
o Ceensp, o pesquisador do KI e da University of Strathclyde, Brian
Godman abordou como os estudos em farmacoepidemiologia estão envolvidos
na tomada de decisão para os sistemas de saúde. Brian apresentou um
pouco da situação dos medicamentos genéricos no mundo. De acordo com
ele, os genéricos são vistos como drogas de segunda classe e sofreram
alguns problemas na Europa. O pesquisador apontou também a questão dos
gastos com medicamentos. Segundo ele, na Europa, eles representam 50%
dos gastos em saúde. Brian destacou também que, na Europa, a fixação de
medicamentos genéricos não é diferenciada por regiões; porém, alguns
países promovem grande esforço para que os médicos prescrevam
medicamentos genéricos e entendam seus muitos benefícios.



